Para explicar sobre as principais modalidades de exportação, vamos usar um exemplo que com certeza vai ajudar você a entender melhor sobre esse assunto.
Você chega em um restaurante morrendo de fome. Aí, entrando no lugar, você, com uma fome danada, já cai direto para o self-service, se serve, paga e começa a devorar o que colocou no prato. Só que você acabou de comer, continuou com fome e está pensando em comer mais.
E é aí que vem a sua surpresa: você não olhou que o restaurante tinha a opção de “coma à vontade”, o que te deixa desanimado. Afinal, se você tivesse visto aquela opção, mesmo pagando um pouco mais, com certeza teria optado por ela.
Guardada as devidas proporções, as modalidades de exportação funcionam mais ou menos da mesma forma. Ou seja, tem prato para todo mundo. O que vai mandar é a “sua fome”, ou seja, a sua necessidade.
Em outras palavras, não tem certo ou errado. Em resumo, você vai adequar as opções existentes aquilo que você realmente precisa!
No texto de hoje, vamos explicar para você quais são as principais modalidades de exportação e a forma como cada uma delas funciona.
Com fome de envio internacional? Vem com a gente que te explicamos!
Quais são as modalidades de exportação disponíveis para você escolher?
Exportação direta
Em resumo, o produto exportado é faturado totalmente pelo próprio produtor, que por sua vez, se relaciona de forma direta com o importador. Em outras palavras, quando as modalidades de exportação envolvem forma direta, a venda é feita diretamente para o cliente ou consumidor.
No entanto, como os processos e negócios ficam totalmente a cargo de sua empresa ou por sua responsabilidade, você precisa ter um certo tipo de conhecimento de todo o processo realizado, seja no percurso ou nos trâmites burocráticos.
Como na exportação direta quem tem o controle de todo o processo é você e sua empresa, benefícios cambiais, fiscais e tributários da operação, além de poder definir as estratégias de marketing, venda, distribuição são vantagens que você pode ter ao longo do processo.
Na exportação direta, a empresa ou pessoa que a escolhe assume três papeis:
1) Do fabricante: vai produzir a mercadoria de acordo com as exigências feitas – do importador, do governo dele e do governo brasileiro.
2) Da exportadora: é quem vai liberar a carga para exportação junto à Receita Federal. Nesse caso, é importante ressaltar que ela (a empresa) precisa estar habilitada no Sistema Radar.
3) De embarcadora: vai ter o nome inserido no conhecimento de transporte internacional na condição de embarcadora. Nesse caso, vai corresponder ao documento exigido para transportar a carga de um País para outro.
Nesta modalidade de exportação, ainda existe um profissional que pode auxiliar: o despachante aduaneiro. Em resumo, ele oferece assessoria administrativa e garante que tudo seja cumprido dentro da lei. Ele também ajuda no planejamento operacional e de custos, além de outras demandas específicas de transporte, de entrega e armazenagem.
Exportação indireta
Já nessa categoria de modalidades de exportação, como o próprio nome sugere, ele funciona de um jeito diferente da forma direta. Ou seja, na exportação indireta, não há relação entre o fabricante e o importador.
De forma prática, em resumo, isso significa que as questões de exportação são entregues a intermediários, que por sua vez, podem ser trading companies ou empresas comerciais exportadoras.
Em resumo e de uma maneira geral, nesta categoria de modalidades de exportação, empresas terceirizadas compram a produção para levá-la a outros Países. Sendo assim, elas acabam virando, de fato, as exportadoras do produto. Dessa forma, elas podem negociar preço e condições conforme desejarem.
Modalidades de exportação que correm por fora
Quando o assunto é fazer o envio internacional de algum produto, as formas indiretas e diretas são as mais utilizadas para se exportar.
Porém, existe ainda duas outras modalidades de exportação menos populares, mas que também podem ser escolhidas.
1- Por conta e ordem de terceiros
Nesta categoria, o fabricante exportador contrata uma outra empresa trading ou comercial exportadora para que assim, ela atue como declarante para efetuar a exportação em seu nome.
Neste formato, em síntese, o exportador e o declarante precisam estar habilitados no Radar. No entanto, o que vai diferenciar essa modalidade de uma operação indireta é a nota fiscal de venda: ela é emitida diretamente pelo fabricante exportador.
2- Consórcios de exportação
Já esta categoria mistura as alternativas das modalidades direta e indireta.
Em resumo, ela é uma espécie de Arranjo Produtivo Local (APL) de exportação. Ou seja, ela é uma associação com outras empresas juridicamente constituídas que unem esforços e/ou estabelecem uma divisão interna de trabalho, com vistas à redução de custos, aumento da oferta de produtos destinados ao mercado externo e ampliação das exportações.
Esse grupo pode ter empresas que ofereçam produtos complementares ou mesmo concorrentes. Porém, a produção e a comercialização para o mercado externo são conjuntas – em geral, estes grupos estão organizados na forma de associações sem fins lucrativos ou de cooperativas.
Sendo assim, em termos práticos, o declarante da exportação pode ser qualquer uma das consorciadas, um operador logístico ou até uma empresa comercial exportadora que forem contratados para organizar a operação. O diferencial dos consórcios é que todos os exportadores podem manter, seus tratamentos fiscais, cambiais e tributários de forma individual.
Mas afinal, qual das modalidades de exportação eu devo escolher?
Para responder a essa pergunta, é preciso que você responda a principal das perguntas:
Qual é o controle que você quer exercer sobre o processo, desde a venda até a entrega da mercadoria no exterior?
A resposta desta questão, em síntese, é importante lembrar que quanto maior o controle, maiores serão as coisas que você vai ter que dispor e assumir. Ou seja, responsabilidades, infraestrutura necessária, compliance e a especialização de todos os profissionais envolvidos.
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